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Original para a Internet

Qual é seu direito de nascença?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 6 de maio de 2024


Nos tempos bíblicos, e ainda hoje em algumas culturas, o direito de nascença concede ao primogênito o privilégio de receber as bênçãos exclusivamente concedidas de acordo com a ordem de nascimento. Por outro lado, a Ciência Cristã ensina que o direito de nascença concedido a cada um de nós é o de sermos filhos amados de Deus, livres de quaisquer crenças materiais que sugiram uma vida constituída de estágios — nascimento, infância, adolescência, idade adulta, velhice e morte — e nos dá a liberdade de vivermos livres das limitações associadas à existência humana.

Direito de nascença, como definido no dicionário, é o “direito, privilégio ou propriedade que uma pessoa tem por nascimento”. Cada um de nós tem o direito de ser, e de fato é, filho de um Pai-Mãe Deus perfeito e totalmente bom. Não nascemos em circunstâncias materiais nem fomos destinados a herdar uma mistura de características boas e más de pais humanos, ou a repetir erros e fracassos do passado. Nossa origem nunca foi um “nascimento”, mas provém da eternidade de nossa união com tudo o que Deus é.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Jesus não reconhecia nenhum vínculo da carne.… Reconhecia o Espírito, Deus, como o único Criador, e portanto como o Pai de todos” (p. 31). Jesus sabia e confiava em seu divino direito de nascença e confiou no poder de Deus para curar. Ao se deparar com um homem nascido cego, a tentativa dos discípulos de identificar a causa da cegueira foi por ele repreendida, com a plena confiança de que o homem vive em união com o único Pai-Mãe Deus, e assim o curou.

Ver a Deus como o único Pai-Mãe me orientou na educação de meus filhos. Isso significou ver meus dois filhos como herdeiros de todo o bem do Pai-Mãe divino, e não filhos de uma mãe e um pai humanos, os quais herdaram boas e más tendências e condições.

Durante a gravidez de meu primeiro filho, surgiram algumas complicações e, com elas, a previsão de que o bebê nasceria prematuramente e com possíveis deficiências. Devido a isso, precisei passar uma semana no hospital. Foi desafiador, mas também foi um período de oração para mim e meu marido. Com as orações de uma praticista da Ciência Cristã, cessaram as contrações prematuras (que a equipe médica não havia conseguido parar) e a hemorragia foi estancada. Um exame de ultrassom revelou que o problema, a que eles atribuíam a causa do sangramento, havia sido solucionado. Continuei em observação pelo resto da semana, mas sem a necessidade de medicação.

Em determinado momento, ouvi uma enfermeira comentando que outra paciente poderia perder o filho prematuro e possivelmente a própria vida. À medida que a praticista e eu continuávamos a orar a respeito de minha gravidez, recebi por inspiração a clara mensagem de que toda criança é uma ideia de Deus, perfeitamente formada, sem nenhum outro pai ou mãe. Esse pensamento me veio com muita firmeza e clareza. Ponderei sobre isso por algumas horas para mim mesma e expandi minhas orações para incluir todas as crianças e seus pais. No dia seguinte, fiquei sabendo que a outra criança e a mãe estavam bem. Embora eu não afirme que essa cura tenha sido o resultado apenas dessas orações, a anulação das terríveis previsões deu-me confiança para seguir em frente. Dois meses depois, meu filho nasceu apenas uma semana antes da data prevista. Embora o hospital tenha exigido uma série de exames, ele estava perfeitamente saudável.

Essa cura nos preparou para a adoção de nosso segundo filho, sete anos mais tarde. Ele nascera prematuramente e nós oramos para saber qual caminho seguir. Recebi claramente esta mensagem: “Não se preocupe com o nascimento prematuro. Você já foi testemunha da cura, quando seu primeiro filho nasceu, e essa criança está simplesmente ansiosa para estar no lugar certo junto à família de vocês”. Houve vários exames médicos obrigatórios, mas apesar do pouco peso, ele estava perfeitamente saudável. Em seis meses ele já estava com o peso normal e era um bebê ativo e alegre.

Às vezes, lutamos contra a crença de doenças hereditárias ou outros problemas de longa data, não curados. Por vezes, os desafios continuam surgindo e o desânimo acaba se instalando. Mas percebi que as palavras do Hino 382 (autoria de Emily F. Seal, tradução © CSBD) do Hinário da Ciência Cristã são uma oração completa de afirmação sobre a herança espiritual à qual cada um de nós tem direito.

O hino começa com a pergunta: “Que vais tu receber?” e a resposta afirma que somos um com Deus: “Herdeiro és de Deus”. Nossa identidade, nosso direito de nascença, é sermos filhos do perfeito Um e Uno. Há um único Deus e cada um de nós herda, por direito divino, todo o bem. Os desafios e o desânimo são sombras escuras dissipadas por Deus, a Verdade, que conhece a cada um de nós como Seu filho perfeito.

“O pai fez com saber / Um plano para os Seus” continua o hino. Quantas vezes escolhemos um caminho que acaba sendo dificultado por limitações humanas? Mas cada um de nós é o filho amado do Pai-Mãe e o plano de Deus tem de ser digno de nossa posição. O próprio caminho faz parte de nossa natureza. A estrofe seguinte é uma afirmação de nossa identidade: “Honesto e digno és, / Tens puro o coração”. E como filhos honestos da Verdade, o verso seguinte se aplica a cada um de nós: “Guiados são teus pés / Em teu viver cristão” — com segurança e proteção; sem pecado; sem limitação, falta ou doença. Nada pode contaminar os filhos de Deus, cujo legado e direito de nascença os afastam de qualquer caminho a não ser aquele que traz bênçãos.

Nem nós nem nossos filhos estamos sujeitos às alegações da hereditariedade. Não é preciso que oportunidades perdidas, desafios de saúde ou traumas psicológicos, por exemplo, exerçam influência em nosso presente ou futuro, se reconhecermos nossa inabalável herança espiritual. O hino ainda nos assegura: “Vem a Verdade, aqui, / Vãos sonhos dissipar”. Toda a vaidade da vida material — com seus sonhos e ilusões — se dissipa natural e permanentemente, à medida que fica clara a verdade de nosso direito de nascença. Todos os temores que parecem tão reais são pela luz calados, como diz o hino: “A luz, brilhando em ti, / Teu medo faz calar”.

Por fim, quando tomamos o “santo cetro” da autoridade que conduz e governa, não somos escravos, pois “do erro livre” estamos. Defendemos nossa herança e a de nossos filhos com clareza e poder. Como os verdadeiros herdeiros de tudo o que Deus, a Verdade, é, ganhamos o bem mais precioso: “Domínio que é veraz”. Que maravilhoso direito de nascença!

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