Todos nós ansiamos por crescimento pessoal, mas talvez fiquemos em dúvida quanto à melhor maneira de consegui-lo. Muitos — inclusive eu — constataram que é bom fazer às vezes uma pausa para reconhecer todo e qualquer progresso já obtido. Refletir sobre nossos acertos e sobre as coisas boas que aconteceram em nossa vida pode ser substancialmente mais propício para nosso crescimento pessoal do que focar apenas nos arrependimentos e fracassos.
Também acredito que a Ciência Cristã leva essa busca a outro nível, oferecendo uma abordagem — com base na oração — que faz muito mais por nós do que simplesmente um tapinha nas costas ou uma boa conversa motivacional.
A Ciência Cristã está fundamentada na premissa de que Deus não nos criou materiais e imperfeitos, tendo a esperança de um dia, e de alguma maneira, nos tornarmos pessoas melhores. Pelo contrário, somos filhos de Deus totalmente espirituais — e a perfeição espiritual do próprio Deus é manifestada em Seus filhos.
A partir dessa perspectiva, crescimento e progresso na vida não significam tornar-se mortais melhores; significam descobrir e demonstrar nossa verdadeira natureza espiritual como expressão de Deus, o bem.
Essa é a base com a qual Cristo Jesus ajudou e curou tantas pessoas. Ele ensinou: “…sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Ainda hoje podemos reconhecer, em oração, a perfeição de Deus reluzindo em nós e nos outros como os filhos espirituais de Deus. Isso não apenas é uma manifestação de amor, mas é construtivo e sanador.
Quando estava no ensino médio, eu me sentia muito inferior às outras pessoas. Parecia que todos os outros eram capazes de fazer contribuições significativas, mas eu não me via dessa maneira.
Esse pensamento me fazia sentir como que carregando um fardo muito pesado. Era horrível achar que eu não tinha valor. Mas como aluno da Escola Dominical da Ciência Cristã, eu sabia que poderia encontrar ajuda ao voltar-me a Deus.
Portanto, orei para conhecer melhor a mim mesmo da maneira com que Deus conhece a cada um de nós. Percebi que Deus jamais imporia falhas ou limitações a Seus amados filhos ou ao seu entorno. Aliás, nossa identidade como filhos dEle não está entrelaçada nem mesmo com uma molécula de matéria com as suas limitações, porque Deus é o Espírito, e não há limitação no Espírito infinito.
À medida que orava com essas ideias, toda minha perspectiva e vivência mudaram. Daquele ponto em diante, as coisas mudaram completamente — eu estava novamente alegre, como Deus me fez.
A Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, fez esta perspicaz afirmação: “A ordem divina: ‘Sede vós perfeitos’, é científica, e os passos humanos que levam à perfeição são indispensáveis. São coerentes as pessoas que, vigiando e orando, ‘correm e não se cansam, caminham e não se fatigam’, que alcançam rapidamente o bem e mantêm sua posição, ou que o alcançam lentamente e não cedem ao desânimo” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp 253–254).
Em nossa união com Deus não há gradações. Neste exato momento, nosso verdadeiro estado de existência é “perfeito como perfeito é o [nosso] Pai celeste”. Reconhecer humildemente que existimos para manifestar a natureza de Deus, o bem, é um passo para o progresso. Deus é a fonte da existência e nosso verdadeiro propósito é glorificar a boa natureza de Deus. O bem puro de Deus se manifesta em cada um de nós agora e sempre, e nada pode interromper o que Deus está fazendo. Quando almejamos viver de maneira coerente com essa realidade espiritual, o bem e o crescimento espiritual em nossa vida diária se revelam naturalmente.
Portanto, o progresso pessoal não significa trilhar um caminho partindo da imperfeição material em direção à perfeição espiritual. É uma inspirada descoberta contínua do agradável estado de existência que Deus nos deu. Sempre que fazemos uma pausa para avaliar como nossas coisas estão indo, podemos reconhecer em oração que em Deus não nos foi dada a vida material, mas o bem puro e constante da vida espiritual. Isso nos dá confiança e coragem em nossas atividades de cada dia.
